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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

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As belezas e os mistérios do Parque Nacional do Vale do Catimbau em Pernambuco

Catimbau, em Tupi, significa “Cachimbo pequeno apagado, práticas de feitiçaria e lugar de cobras” Tudo isso numa só palavra. O Vale do Catimbau foi nomeado Parque Nacional Catimbau pelo IPHAN em 2002 através do decreto 913/12. Localizado a 283 km da capital de Pernambuco, Recife, o Vale do Catimbau é um complexo de Serras, Vales e Rochas do agreste e do sertão. Possui 62.300 hectares de terra, o Vale preserva uma das últimas áreas da Caatinga. É considerado uma área de extrema importância Biológica, Geográfica e Arqueológica. A região possui registros de pinturas rupestres e artefatos que datam de um período de, pelo menos, 6.000 anos. 


Foto: Valmir Macario 


O Parque Nacional Catimbau é o segundo maior do país, perdendo apenas para a Serra da Capivara, no Piauí. Possui terras nos municípios de Buíque, estendendo-se por áreas semi-áridas de Tupanatinga, Inajá e Ibimirim, já em plena Microrregião do Sertão do Moxotó. O Parque possui dezenas de Serras, vales, rochas das mais variadas formas e cores, além de uma grande riqueza de escrituras rupestres, histórias das tribos indígenas da região assim como seus cemitérios espalhados por todo o vale e vestígios de suas práticas ritualísticas. 


Foto: Rodrigo Correia



O parque possui só na região de Buíque, cerca de 10 trilhas ecológicas onde, Turistas e Excussões pedagógicas podem percorrer, com ajuda de guias locais qualificados, boa parte do parque e conhecer maravilhas e surpresas exóticas que essa região indígena oferece. Próximo ao parque está localizado a Vila Do Catimbau, formada por remanescentes de tribos indígenas que viveram na região, possui uma infra estrutura muito básica para acomodar os visitantes do Vale. E ai, viu o quanto Pernambuco é encantador? Junte a galera e #Partiu Buíque. ;) 



Publicado por: Unknown - segunda-feira, outubro 05, 2015

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

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Recife e seus Becos

Beco do Sirigado: de tão estreito, só se encaixam barracas de um lado da rua
Pela fresta superior, quase não entra luz. Mas o imaginário sombrio se desfaz nas conversas, acesas na mente de quem vive e trabalha nos becos do centro da cidade
“Os becos são dos artistas, dos loucos”, Miró, 52 anos, nasceu poeta marginal num sarau no Beco da Fome. O imprensado entre as ruas do Hospício e Sete de Setembro, no bairro da Boa Vista, ecoava seus versos independentes. Acompanhavam Cida Pedrosa, Juarez Correia, Valmir Jordão, Chico Espinhara. Regavam de cerveja barata os versos. A gente ia para lá tomar uma, tomar todas, lembra Miró sobre os anos 1980.


De dia, a hora do almoço enche as mesas do beco sujo. As moscas zanzam sobre os pratos e o calor de meio-dia assola os mendigos que dormem espalhados em folhas de papelão.  O Beco da Fome ganhou o apelido na década de 1960, quando estudantes do Colégio Carneiro Leão, do Colégio Brasil e da Escola de Engenharia de Pernambuco, todos na Rua do Hospício, disputavam um lanche na saída da aula.
No térreo do Edifício Pirapama, que empresta muro ao beco, ficavam o Banco Mercantil do Brasil, cartórios, lojas de presentes e roupas.  Em 1962, se instalou a barbearia Galeria Recife, lá até hoje. “Os clientes eram políticos, empresários e usineiros. João Cleofas (senador, ministro e deputado pernambucano) era amigo de meu pai. O ministro Marcos Freire também”, diz Jorge Fabrício, 49 anos, que assumiu o salão de beleza há 15, quando o pai se aposentou.
Formados espontaneamente no processo de crescimento da cidade, os becos do Centro do Recife muitas vezes funcionam como “ponte” entre ruas movimenta das e costumam ser ocupados por comerciantes.” Para os vendedores, essa condição é interessante, porque o fluxo de passantes é intenso. E o fato de o beco ser estreito permite uma maior proximidade com o cliente”, explica a arquiteta e urbanista Circe Monteiro, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).


Geralmente, são espaços pouco valorizados por aqui, ao contrário do que se vê em outros estados e países, conta Circe: “Em vários lugares do mundo, são pontos de atração turística, como os becos de Garan Slam, em Estocolmo”, diz a arquiteta, explicando que a área se parece com o nosso Recife Antigo, cheia de prédios históricos. “Só que lá os becos têm vários bares e restaurantes, proporcionando, ao mesmo tempo, lazer e um encontro a com história da cidade”.Ela também cita como exemplo becos de tradicionais bairros chineses, que costumavam ser desprezados, pelo cenário de pobreza. “Hoje, o turista se interessa pelo beco, porque é um espaço que diz muito sobre o modo de vida do lugar”.
Antigamente era (sempre) melhor
Becos do Veado e da Fome, que ganhou o nome por conta dos jovens que lanchavam lá Manuel, do Marroquim, e Glaine, do Sirigado: fluxo de pedestres atrai comerciantes
No Beco do Marroquim, no bairro de São José, viveu Maria. Pedia esmolas todos os dias aos passantes apressados.  Os três filhos estudaram em escola pública e se formaram na faculdade. Mas a mãe, analfabeta, nunca deixou de ganhar seu pão na rua. “Ela dizia que era o trabalho dela, que fazia de forma digna, e não quis sair daqui”, lembra Fortunato Russo Sobrinho, 56 anos, sobre a emblemática personagem do lugar. O empresário hoje comanda outro ícone local, a loja de confecções criada pelo avô e que leva seu nome, na rua há mais de 60 anos. “Na década de 1960, aqui era o baixo meretrício, cheio de pensões e bordéis”, lembra Fortunato sobre o beco, que vai da Rua Cais de Santa Rita até a Rua da Penha.
Na esquina com a Rua da Praia, um senhor pede meio copo de café preto na lanchonete. O comerciante Manuel Bezerra de Vasconcelos, 70 anos, tem ponto no mesmo lugar há 46. Antes de abrir a Imperial Lanches, tinha um armarinho e trabalhava vendendo miudezas. Na esquina oposta, ficava a Casa Fernandes Costa, loja de tecidos famosa na época. “Quem passava muito por aqui era Luiz Gonzaga. Ele vivia no Mercado de São José”.
Ali perto, no mesmo bairro, o Beco do Sirigado liga a Rua Direita à das Calçadas. De tão estreito, só se encaixam barracas em um dos lados. Misturadas aos adereços de carnaval e às peças íntimas penduradas, máquinas de costura da década de 1950 trabalham. O Rapidão, que conserta bolsas e sapatos na hora, tem endereço no beco há 48 anos. Sentada à frente de sua Singer azul, a costureira Glaine Fernanda cuida da loja do pai há mais de 20. “Muita gente saiu, porque aqui é apertado demais”, conta. A vendedora de milho cozido Maria Gertrudes da Silva resiste: há 16 anos trabalha no Sirigado. “Antes, o beco vivia cheio de gente. Eu vendia muito”, lembra. “Em casa, guardo fotos de como era antigamente”.
Saudoso também Julio Buonafina, um dos tantos amoladores que se concentram no Beco do Veado, entre a Avenida Dantas Barreto e a Rua Direita. Julio tem 80 anos e começou a trabalhar com o pai aos 14. “Antes se ganhava muito dinheiro amolando. Havia muitas costureiras e alfaiates, que hoje quase não existem”, explica ele, que amola tesouras, facas e alicates desde 1967. “O povo chama de Beco do Veado porque o dono daquele sobrado, que veio de Portugal, pendurou um veado na casa. Mas aqui não é Beco do Veado, não, é Travessa São Pedro”.

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Por: Romero Araújo

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Publicado por: Unknown - quarta-feira, setembro 02, 2015

sexta-feira, 17 de abril de 2015

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Olha! Recife desvenda mistérios da maçonaria

Foto: Márcio Cabral de Moura



Os mistérios sobre a simbologia, ritos, códigos de ética e identificação dos membros das secretas sociedades maçônicas serão revelados pelo Olha! Recife. O projeto de sensibilização turística da Prefeitura do Recife, realizado pela Secretaria de Turismo e Lazer, que oferece passeios gratuitos de ônibus, de catamarã, de bicicleta e a pé todo fim de semana, terá a maçonaria como tema de dois roteiros, um no sábado e outro no domingo.

O primeiro será o Olha! Recife de ônibus, que fará um circuito pelos locais da cidade que apresentam símbolos e emblemas maçônicos nas fachadas e interiores. Entre os atrativos que serão visitados estão o Liceu de Artes e Ofícios, construído por sociedades de intelectuais e artistas liberais; a igreja de São José do Ribamar, erguida por uma irmandade formada por artífices recifenses e que apresenta símbolos em seu frontão, balcões de ferro das janelas do coro e altar; além da antiga Estação Central do Recife; e Casa da Cultura.

Outro ponto contemplado será a Loja Conciliação, onde os participantes poderão visitar o museu que abriga móveis, objetos históricos, quadros, lustres e cadeiras utilizadas por Dom Pedro II e a Imperatriz Teresa Cristina, em visita ao Recife, em 1859. O roteiro de ônibus será oferecido no sábado, a partir das 14h, com saída da Praça do Arsenal.

No domingo, o roteiro a pé com o mesmo tema, que sai às 9h, também da Praça do Arsenal, percorrerá a Praça da República, Rua do Imperador, Rua da Penha, Igreja de São José do Ribamar, Dantas Barreto, Casa da Cultura, Rua da Aurora e Loja Conciliação.

No sábado, além do roteiro maçônico, será oferecido o concorrido passeio de catamarã pelo rio Capibaribe, que contornará a ilha do Bairro do Recife, contemplando os arrecifes, o cais do porto, a Boca da Barra, terminal açucareiro, as pontes e o painel da lateral do edifício sede da Prefeitura do Recife, feito pelo muralista Eduardo Kobra. A saída será às 9h, do Cais das Cinco Pontas, Bairro de São José.

Já o passeio de bicicleta, no domingo, será dedicado a um dos mais antigos bairros da cidade: a Boa Vista, com suas construções históricas e o maior conjunto de azulejos em arquitetura civil da cidade. O roteiro sai da Praça do Arsenal, segue pela Ponte Santa Isabel, Rua da Aurora, Riachuelo, Gervásio Pires e Avenida Manoel Borba, Praça Chora Menino, Barão de São Borja, Pátio de Santa Cruz, Mercado da Boa Vista, Praça Maciel Pinheiro, Rua da Imperatriz e Ponte da Boa Vista.

Publicado por: Unknown - sexta-feira, abril 17, 2015

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

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O CARNAVAL É NOSSO! URSO CANGAÇÁ DE ÁGUA FRIA




E para fechar o quadro O Carnaval é nosso! Nada melhor que apresentar para vocês o historiador do Urso Cangaçá de Água Fria, Marcio Luna. Além de ser Coordenador educativo do Cais do Sertão ele confecciona adereços, alegorias e desfila no bloco. Confira a entrevista:


VIVA: Quanto tempo tem o Urso Cangaçá?

Marcio Luna: Está desfilando desde 1983 até os dias atuais. Tem trinta e dois anos.

VIVA: Quais são os pólos em que o Urso passa?

Marcio Luna: Várzea, Morro da Conceição, Brasília Teimosa e no próprio bairro onde o bloco surgiu, em Água Fria.Os desfiles acontecem toda terça-feira de Carnaval.

VIVA: Existe algo específico quanto à temática?

Márcio Luna: Ano passado como estávamos em ritmo de Copa do Mundo o tema foi sobre a Copa em Pernambuco e para este ano vamos homenagear J Borges que é um patrimônio vivo em xilogravuras.

VIVA: Como são as atividades para confecção do figurino?

Márcio Luna: Utilizamos algodão cru, camisas brancas e tenho um primo chamado Paulo Duarte que compõe todo ano as músicas dos homenageados para o Urso Cangaçá. Além de ter costureiras e outras pessoas que trabalham em equipe cada um com sua função para que assim as pessoas possam ver nosso trabalho final.  A exigência da Prefeitura é que desfile pelo menos cinqüenta pessoas, mas com o passar do tempo o grupo foi crescendo temos uma média de cento e vinte pessoas que desfilam conosco.

                                                             Foto|Crédito: Elisane Pereira


Pessoal, espero que vocês tenham gostado do Quadro que trouxemos pessoas que realmente trabalha duro nos bastidores para que os desfiles das agremiações, blocos, caboclinhos e troças saiam devidamente organizados. PALMAS PARA ELES!!


E tenho um convite a fazer: Amanhã a partir das 18h concentração no Marco Zero para começar de fato o Carnaval 2015 que já está nas ruas e ladeiras. Folião que é folião brinca consciente! Bom Carnaval a todos e simbora FREVAR minino!!!
Publicado por: Unknown - sexta-feira, fevereiro 13, 2015

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

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"O CARNAVAL É NOSSO!" Costureiras da Agremiação Bola de Ouro


O Clube Carnavalesco Misto Bola de Ouro um dos mais tradicionais da cidade, foi fundado em 1915, na Rua da Bola, em Santo Amaro, e neste ano é o homenageado do Carnaval do Recife. Mas para que essa agremiação seja sempre destaque nas ruas e avenidas, se faz necessário a presença de muita gente, inclusive de costureiras, que é para dar um charme e um toque especial nas fantasias. O quadro "O Carnaval é nosso!"  entrevista hoje as costureiras que dedicam exclusivamente seu tempo para deixar tudo pronto para as pessoas que irão desfilar nas ruas e avenidas.  Dona Conceição Souza e a Dona Marta Sobral, dão vida ao figurino do Clube Bola de Ouro. E claro que a gente do viva foi querer saber da preparação dessas fantasia, veja como foi a entrevista: 

Foto Elisane Pereira

VIVA: Quantos anos a senhora (Maria da Conceição) costura para o Bola de Ouro?
CONCEIÇÃO SOUZA: No geral trabalho há mais de trinta anos com a costura. Para o Bola de Ouro comecei em 2011, já tem uns quatro anos. E há três anos fazendo fantasias, me sinto realizada na costura, independente do que estou costurando, mas parece que no carnaval, o prazer é maior. Vê a fantasia que você faz, ali tão bonita da um orgulho danado. 

VIVA: E já trabalharam para outras agremiações?
MARTA MARIA SOBRAL: Eu já trabalhei para a Galeria do Ritmo e Quadrilha junina Tradição por cinco anos, é muito bom ver o seu trabalho vestido, fico muito orgulhosa também.
VIVA: Como fica determinado o tempo de entrega das roupas?
CONCEIÇÃO SOUZA: Os tecidos começaram a chegar finalzinho de novembro e como nos preocupamos em arrumar as coisas para festa de fim de ano, começamos em janeiro e o prazo para entrega tem que ser uma semana antes do carnaval. São em torno de 70 peças, a correria é grande, mas vale a pena.
VIVA: O que acontece geralmente na hora da entrega das roupas para o pessoal?
CONCEIÇÃO SOUZA: Acontece de tudo que você imaginar , às vezes fica apertado em uma pessoa, folgado em outro, tem que ajeitar na hora, ai levamos agulha, tesoura e alfinete no momento do desfile, para ajustar (risos).
VIVA: Como se sente ao costurar para o Bola de Ouro?
CONCEIÇÃO SOUZA: Realizada, muito feliz e amando o que estou fazendo que é a arte de costurar. Costuro com a minha prima (Marta Maria Sobral), então o trabalho fica mais alegre, descontraído, entre uma risada e outra um ponto de costura é criado, carnaval aqui em casa é sempre muito animado, o povo aqui respira carnaval, eu também gosto, sabe? Costurar para a agremiação homenageada do Carnaval do Recife não é pra qualquer uma não. Espero que o Bola de Ouro ganhe, ai a alegria vai ta completa! 

Foto|Créditos: Elisane Pereira


E você, gostou de conhecer um pouco da história das costureiras do Bola de Ouro? Tá pensando que costurar é fácil? E fazer máscaras para cair na folia, será que é difícil? Aguarde o nosso próximo quadro e arrase no look! 



Para você que ficou interessada no trabalho das costureiras, segue o contato:

Conceição Costureiras
Horário de Atendimento: 09h as 19h (Seg a Sexta), Sábados: 10h ás 16h. 
Telefone: (81) 8358.2732 (falar com Conceição)




Publicado por: Unknown - segunda-feira, fevereiro 02, 2015

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

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"O CARNAVAL É NOSSO" com Natalí Falcão

Sem eles não haveria Carnaval... já pensou a sua banda favorita parar de cantar por falta de planejamento? E se aquela troça ou bloco carnavalesco não conseguir se apresentar por falta de uma peça de roupa ou algum acessório? E aí, o que fazer? É para isso que os figurinistas trabalham arduamente para manter tudo bonito aos olhos de quem espera o ano inteiro pela apresentação. Os bastidores é a principal causa de manter tudo organizado, padronizado e sem que ocorram maiores dores de cabeça, porém como há sempre em qualquer grande evento suas falhas, estas são superadas pelo desempenho mostrado em palco.

E no quadro de hoje, O Carnaval é Nosso! , entrevistamos a Carnavalesca do Caboclinho Kapinawá, Natalí Falcão que vai nos contar um pouco sobre a história do grupo e sua participação.



VIVA: Como começou sua história no Kapinawá?

NATALÍ: O Carnaval começou muito cedo pra mim, desde o início sempre fez parte da minha vida, meu avô (por parte de pai) é fundador do caboclinho, minha tia começou dançando, inclusive meu pai e minha mãe se conheceram no caboclinho. Os ensaios aconteciam no campo próximo a minha casa , minha mãe sempre  acompanhava os ensaios, quando o meu pai viu minha mãe achou ela bonita e ficou dançando pra ela (risos). Namoraram, casaram e minha mãe dançava e ensaiava grávida de mim. Então desde embrião vivi naquele meio cultural, desde pequena via meu pai fazendo capacete, os figurinos, eu tinha muita vontade de dançar, meu pai e meu avô nunca me deixavam dançar por ser nova. Tinha quatro ou cinco anos e não era permitido criança nas agremiações, tinha que esperar completar sete anos, eu esperei meus sete anos,comecei a dançar, a me apresentar e comecei a me apresentar como destaque, atrás do porta estandarte. Mais tarde passei a participar do grupo Guerreiras, a casa fica cheia de gente, mostrando coreografia,fiquei vendo essa união.

VIVA: Como se sente por trás dos bastidores?

NATALÍ: É muito legal quando, por exemplo, você sai na rua e a pessoa olha aquela sua roupa e pede para tirar uma foto com você, e você imagina todo aquele tempo que passou bordando, comprando as coisas, pensando no que fazer e como fazer aquilo, e de repente ver o seu trabalho reconhecido, ver o seu trabalho ali, pronto. É um misto de felicidade mesmo. O caboclinho tem seus diretores, formado por grupos, cada grupo tem seu diretor e no meu caso a diretora do grupo pensa em alguma coisa e em reunião discutimos e aos poucos vai colocando a ideia em prática, a gente chega a passar noite acordadas, chega a dormir na casa da minha tia onde se reúnem as pessoas do grupo as Guerreiras e lá às vezes não tem cama pra todo mundo, dormimos no emborrachado que é um dos materiais que a gente usa pra fazer roupa e dorme no chão, se acorda feliz e já acordamos bordando, colocando pena, escolhendo pena...

VIVA: E como é o preparo, dois meses antes?

NATALÍ: Começou em janeiro desse ano, passando já à noite acordados.

VIVA: E a escolha do tema para confeccionar, como se faz?

NATALÍ: Na verdade não tem uma temática, a gente primeiro escolhe as cores e os diretores começam a discutir as cores para dar um equilíbrio visual, para não ter repetição de cores, a minha por exemplo vai ser rosa e verde, outro escolhe uma cor que não distorça das outras, os grupos vão ficar em sequência, cada grupo tem seu tema, às vezes não é um tema fixo, é um tema abstrato. Por exemplo, ela (diretora) viu um símbolo muito bonito, gostou daquele símbolo e nele há um significado que está na beleza dele.

VIVA: Como você se vê nas duas vertentes, bastidores e à frente do caboclinho?

NATALÍ: No caso eu também danço, faço minha roupa para eu dançar, eu adapto minha roupa, vou lá na avenida e danço. A alegria de estar ali representando a cultura e ver todas aquelas pessoas prestigiando você, o seu trabalho e mais tarde ver os resultados... na escolha no ano passado o grupo foi campeão e você vê realmente que valeu a pena todo o esforço. Me sinto realizada carnavalescamente (risos). 
Acervo pessoal, Natalí Falcão

 Então, gostou da nossa primeira matéria desse quadro? Aguarde as próximas postagens! E já adiantando... Próxima semana duas grande costureiras do nosso carnaval.   Fique ligado, até mais!


Publicado por: Unknown - segunda-feira, janeiro 19, 2015