- LOURO DO PAJEÚ
Lourival Batista Patriota, também chamado "Louro do Pajeú", passou para a história da Cantoria de Viola como o "rei do trocadilho". Era o mais velho da trinca de irmãos repentistas complementada por Dimas e pelo mestre Otacílio, recentemente falecido. Louro era uma surpresa para os que pensam que os cantadores nordestinos são talentos brutos, intocados pela cultura urbana.
Os Batista, como muitos grandes violeiros, tiveram variadas leituras e cuidadoso aprendizado. Não perderam as raízes sertanejas, mas fizeram versos em pé de igualdade com os dos poetas das cidades. Louro nasceu em São José do Egito, sertão de Pernambuco, a 06 de janeiro de 1915. Concluiu o curso ginasial em 1933, no Recife, de onde saiu com a viola nas costas, para fazer cantorias. Foi um dos mais afamados poetas populares do Nordeste e, além da cantoria, a outra única atividade que exerceu foi a de banqueiro de jogo do bicho, mas sem sucesso. Irmão de outros dois repentistas famosos (Dimas e Otacílio Batista) e genro do poeta Antônio Marinho (a "Águia do sertão"), foi um dos grandes parceiros do paraibano Pinto do Monteiro. Satírico e rápido no improviso, era temido por seus competidores.
- MESTRE NUCA
Mestre Nuca de Tracunhaém nasceu em 1937, no Engenho Pedra Furada, município de Nazaré da Mata, em Pernambuco. Iniciou-se na arte da cerâmica ainda criança. Cidade vizinha a Tracunhaém, a feira de Carpina era o local onde Nuca ainda jovem comercializava os brinquedos de barro que criava, quase sempre influenciados pelos trabalhos dos mestres Lídia Vieira e Zezinho.
Considerado um dos mais importantes e expressivos trabalhos populares da região, o leão de Nuca talvez seja inspirado nos leões de louça portuguesa que decoravam os jardins e varandas de muitos casarões antigos do Recife. Mas o artista tem uma explicação simples para sua arte em barro: "Sou do signo de Leão". Talvez os astros ajudem, mas a explicação está nas mãos que moldam e esculpem, tarefa esta que envolve toda a família – orgulho de Mestre Nuca.
Em 1960 Nuca se casou com Maria Gomes da Silva, com a qual teve seis filhos. Trabalhando na roça e plantando cana-de-açúcar para sobreviver, Mestre Nuca confeccionou em 1968 seu primeiro leão sentado de postura imponente e juba encaracolada a pedido de um antiquário e, desde então, o animal tornou-se sua marca registrada.
Considerado um dos mais importantes e expressivos trabalhos populares da região, o leão de Nuca talvez seja inspirado nos leões de louça portuguesa que decoravam os jardins e varandas de muitos casarões antigos do Recife. Mas o artista tem uma explicação simples para sua arte em barro: "Sou do signo de Leão". Talvez os astros ajudem, mas a explicação está nas mãos que moldam e esculpem, tarefa esta que envolve toda a família – orgulho de Mestre Nuca.
Em 1960 Nuca se casou com Maria Gomes da Silva, com a qual teve seis filhos. Trabalhando na roça e plantando cana-de-açúcar para sobreviver, Mestre Nuca confeccionou em 1968 seu primeiro leão sentado de postura imponente e juba encaracolada a pedido de um antiquário e, desde então, o animal tornou-se sua marca registrada.
![]() |
Mestre Nuca de Tracunhaém (Foto: Rildo Moura, 2002) |
A 16ª edição da Feneart acontece de 02 a 12 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco. A coletiva de imprensa para todas as novidades da feira acontece dia 25 de julho, as 10h da manhã no auditório do Centro de Artesanato de Pernambuco. Mais informações em breve, aqui no VIVA :)