segunda-feira, 27 de maio de 2013

Assuntos: , , ,

Festa, História e Turismo: Conheça a Quadrilha Junina Pisa no Espinho

Social

A Quadrilha Pisa no Espinho foi fundada em 09 de abril de 1980, no bairro de Rio Doce, Olinda. Entre os seus principais fundadores, destacam-se: Manoel da Rocha, Silas Júnior, Marcos Valério, Romildo e Sílvio.
A origem do nome está relacionada com a seguinte história: “um grupo de amigos foi na mata de Rio Doce à procura de madeira para construir um palhoção, que na época era coberto com palhas de coqueiro. No caminho, estavam discutindo qual seria o nome da quadrilha, e em um determinado momento, o último da fileira deu um enorme grito, e todos lhe perguntaram o que aconteceu. O mesmo respondeu que havia pisado no espinho, daí todos decidiram que o nome da Quadrilha seria Pisa no Espinho”, diz Silas Júnior, marcador do grupo.
Foto: Paulinho Mafe



A Pisa no Espinho durante toda a sua trajetória possui mais de 500 troféus e muitos títulos que a classificam como uma das melhores quadrilhas do Estado de Pernambuco, tendo como sua maior conquista o tetracampeonato do Festival de Quadrilhas da Rede Globo Nordeste, nos anos de 1993, 1994, 1995 e 1999. Outros títulos também entraram para a história da quadrilha. São eles: 3ª lugar no Festival Regional de Quadrilhas Juninas do Nordeste (1995), tricampeã no Concurso de Quadrilhas da Fundação de Cultura de Caruaru, nos anos de 1995,1996 e 1999, tricampeã do Festival de Quadrilhas Juninas da Cidade de Catende, nos anos de 1998,1999 e 2000, campeã do Festival Pernambucano de Quadrilhas Juninas da Prefeitura do Recife, pelo Grupo 2, em 2008, sendo premiada ainda com o melhor figurino e a melhor coreografia.

Foto: Paulinho Mafe

A dimensão do trabalho realizado pela quadrilha teve ampla repercussão, levando o grupo a participar de importantes eventos culturais, como por exemplo, o Seminário contra a seca e a fome do Sertão, com o tema Brasil Nordeste, que aconteceu na cidade de Oricuri, em 1993. A FUNDARPE, por meio da historiadora Sônia Medeiros (In Memorian) também reconhece a amplitude do trabalho que a quadrilha desenvolve em prol da valorização e preservação das manifestações culturais do Estado, e convida o grupo para integrar a programação cultural do festival de inverno de Garanhuns, por três anos consecutivos (1993 a 1995).
Foto: Paulinho Mafe


Em 2002, a falta de incentivo e os altos custos para a montagem dos espetáculos juninos levam o grupo a encerrar as atividades da Pisa. Seis anos depois, um grupo de amigos e antigos dançarinos (Andreia, Janaína, Flávio da Hora, Patrícia, Cézar e outros) toma a iniciativa de reativar a quadrilha, e decidem convidar Silas Junior, seu eterno marcador, para transformar o sonho em realidade. O empenho dos componentes foi intenso: trabalho de pesquisa para o desenvolvimento do projeto, pagamento de mensalidades, realização de bingos, rifas, doações, piqueniques... Tudo foi criado para a quadrilha arrecadar dinheiro e colocar o novo espetáculo na rua.

Foto: Paulinho Mafe

Com mais de 80 componentes, entre dançarinos e a equipe de produção, a volta do grupo em 2008 foi ansiosamente esperada pela comunidade de quadrilheiros. Com o tema Sertão, o povo tipo exportação, a Pisa no Espinho conquista o 1º lugar do Grupo 2, no Festival Pernambucano de Quadrilhas Juninas da Prefeitura do Recife, além de várias premiações em arraiais comunitários.
Em 2009, com o tema Do imaginário indígena, uma ópera popular – Seja Garantido ou Caprichoso, é uma festa de Boi Bumbá, a quadrilha obteve o 6º lugar no Concurso da Rede Globo Nordeste. 




Fonte: Livro “Nos Arraiais da Memória – as quadrilhas juninas escrevem diferentes histórias” –  Mario Ribeiro do Santos / (Secult / Fundação de Cultura do Recife 2010)



0 comentários:

Postar um comentário